Nas mãos, uma caneta.
E a força íntima das sílabas
Me impõe: palavras.
Percorro o mundo dos que sonham
E, como loucos, babam
E imploram e se arrastam pela vida
Labiríntica que me impõe: silêncios.
Sou essa que grita sobretudo quando cala
E uma rua escura inteirinha me atravessa
Beijo monstros, deuses, solidões
E tudo o que acende segredos na alma.
Caso perguntem,
Diga que eu me vesti do avesso
(É o avesso a minha verdadeira cara)
Os olhos imersos no infinito,
O corpo abrigando mistérios...
E nas mãos, uma caneta.
A força íntima das palavras
Me impondo: desertos.
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